segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Segundo dia de provas do Enem é marcado pela tranquilidade, em Belo Horizonte

Crédito de Matéria Jornal HOJE EM DIA
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FOTO RENATO CANBUCCI






Na segunda e última etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada neste domingo em todo o país, o clima foi de tranquilidade, segundo a assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia ligada ao Ministério da Educação que elabora as provas. Em Belo Horizonte, foram inscritos 83.285 candidatos, conforme o Inep. Hoje, os estudantes fizeram provas de linguagens, matemática e redação.
O tema da redação tratou de corrupção e ética. O gabarito das provas estaria disponível a partir das 20 horas na Internet, no site do Inep.
No primeiro dia de provas do Enem 2009, realizadas no sábado, cerca de 1,5 milhão de estudantes faltaram. De acordo com o MEC, os ausentes foram 37,9% do público total esperado no exame. Ao todo, 4.147.527 candidatos se inscreveram para a avaliação. Com muita chuva, em Belo Horizonte as provas foram marcadas por tumulto e muita confusão.
Neste domingo, no Centro Universitário Newton Paiva, no Bairro Nova Granada, Região Oeste da capital, as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tiveram início sem nenhum problema. Logo após o fechamento dos portões, às 12h55, algumas pessoas chegaram atrasadas.



Carla Martins dos Santos, 38 anos, foi uma das que não conseguiram entrar. Ela chegou logo após o fechamento dos portões, depois de correr descalça da Rua Barão Homem de Melo até a entrada da universidade.



“Eu moro no Bairro Juliana, e saí de casa às 10 horas. Por causa da corrida da Lagoa da Pampulha, o ônibus só conseguiu chegar agora”, lamentou, dizendo que outras cinco pessoas também desceram do ônibus correndo para não atrasarem. Carla tinha a esperança de passar no Enem para poder cursar pedagogia. “Fui bem na prova de sábado e fiz o possível para chegar aqui hoje”.
O auxiliar administrativo Augusto Soares, 25 anos, chegou quinze minutos depois do fechamento dos portões. Ele também se atrasou no primeiro dia, mas esperava obter pontos suficientes para conseguir algum desconto na faculdade. “Agora vou esperar mais um ano. Quero fazer engenharia elétrica e não tenho dinheiro para pagar a faculdade que é R$ 800”. Ele ainda reclamou que o local de prova foi bem longe de Venda Nova, aonde ele mora. “Na primeira vez, eu ia fazer a prova pertinho da minha casa”, disse.
Antes do início da prova, quem chegou adiantado reclamou das questões do teste de sábado e da confusão. “Por causa do pessoal que ficou gritando do lado de fora, tive dificuldades de me concentrar”, explicou Cibele Mendonça, 18 anos. Ela disse ainda que ficou sabendo que, quem estava nos corredores procurando o local de prova, acabou sendo prejudicado já que na hora da confusão acabou sendo retirado do prédio também.
Flávio Capuruço, diretor do Centro Universitário Newton Paiva, campus Silva Lobo, desmentiu o fato. “Todas as pessoas que chegaram no horário e estavam dentro do prédio foram orientadas. Inclusive as que entraram no prédio da frente erroneamente, foram conduzidas para os locais corretos”, explicou, dizendo que não houve qualquer dano material ou físico, apesar do registro de boletim de ocorrência.
O Enem 2009 foi realizado em 1.829 municípios espalhados por todas as unidades da Federação, conforme o Inep. As provas também foram aplicadas em 339 unidades prisionais do país. Considerando as cidades que abrigam exclusivamente presídios, o Enem teria chegado até 1.843 municípios por todo o Brasil. O Enem deste ano é o maior concurso desde que a prova foi criada em 1998.


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