sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Inconformado,homem mata prima que não queria ficar com ele

Uma faxineira teria admitido à polícia, nesta quinta-feira (5), ter comprado um colete à prova de balas para proteger um filho de 17 anos, supostamente ameaçado de morte por traficantes rivais no Bairro Novo Riacho, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A revelação foi feita por R.A.G., depois que policiais militares do Batalhão de Missões Especiais de Contagem apreenderam seu filho F.H.A.G., durante uma batida em uma boca de fumo.

Durante a abordagem, ao verificarem o telefone celular do adolescente, os militares se surpreenderam ao ver fotos de seu irmão L.A.A.G., de 15 anos, que vestia o colete à prova de balas de F.H. e exibia uma pistola semiautomática.

De acordo com o tenente Leonardo Lacerda, que comandou a operação, tão logo apreenderam F.H.A.G, eles entraram em contato com a mãe e foram até à residência, onde encontraram o outro adolescente, que chegava da escola. Durante a busca no local, localizaram o colete à prova de balas e a pistola Taurus, carregada com 13 projéteis.

Ainda conforme o oficial, a mulher foi ao local, e teria admitido que comprou o colete por R$160 depois que o filho mais velho, que teria envolvimento com o tráfico local, foi baleado três vezes por supostos traficantes rivais e sobreviveu. Ela não quis revelar de quem comprou o colete que, segundo o militar, é semelhante ao utilizado por seguranças que trabalham em bancos.

Quanto à arma, o militar disse que o adolescente alegou ter comprado na Praça 7, em Belo Horizonte. O tenente disse que é a primeira vez que tem notícia de adolescente utilizando coletes à prova de balas como forma de se proteger de rixas. Ele reconheceu que a prática não é ilegal, mas, como não havia comprovante fiscal da compra, o colete foi apreendido juntamente com a arma.

O militar disse ainda que o irmão mais novo não tinha antecedentes criminais, ao contrário do mais velho, que pilota uma motocicleta vermelha comprada em nome da mãe. Há uma suspeita de que, além de envolvimento no tráfico de drogas, ele possa ter participado em "saidinha de banco" - ataque contra pessoas que saem de bancos após saque de dinheiro.

Os dois irmãos foram levados para a Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad) de Contagem, onde foram autuados por porte ilegal de arma